AÇÚCAR – QUAL O MAIS INDICADO?
- Bela Gil
- 24 de ago. de 2016
- 3 min de leitura
Antes de chegarmos a resposta, vou procurar explicar toda a bagunça e confusão que o açúcar refinado faz com nosso organismo.
As conseqüências da presença de carboidratos refinados na nossa alimentação (açúcar branco, arroz branco, farinha branca, etc) são devastadoras. Antes de tudo, trata-se de um alimento altamente ácido que, a fim de ser digerido, precisa que alguns minerais (especialmente o cálcio) sejam retirados de alguns órgãos (especialmente dos ossos) a fim de ajustar o pH do sangue e trazê-lo para suas taxas normais. O pH sanguíneo normalmente varia de 7,35 a 7,45; quando sai dessa faixa, pra cima ou pra baixo, as nossas células não conseguem trabalhar corretamente, e se nada for feito para corrigir, acabamos entrando em coma e/ou morrendo. Mas, nosso organismo é muito inteligente e ele fará tudo que puder para manter o pH sanguíneo dentro da faixa correta. Quando ingerimos algum alimento muito ácido, como açúcar refinado, por exemplo, nosso organismo se utiliza de um mecanismo para manter o pH em níveis saudáveis; este mecanismo consiste em retirar cálcio, que é um mineral super alcalino, de nossos órgãos afim de baixar a acidez que o açúcar refinado produz.
A glicose é acompanhada de fibras, gordura, vitaminas e minerais, ela é libera de forma lenta e gradativa, o que evita o pico de açúcar no sangue. Assim como quando a frutose está acompanhada de fibras, o fígado não tem que trabalhar tanto. Então, para que o açúcar seja considerado bom ele precisa:
• Não ter muita frutos na sua composição e deve vir acompanhado de vitaminas, minerais e fibras.
Os produtos abaixo contém altas doses de frutose, são altamente processadas, e são calorias vazias (fornecem nada além de carboidratos – glicose e/ou frutose). Se consumidas frequentemente e/ou em grandes quantidades podem levar ao aparecimento do câncer, problemas no fígado, diabetes, doenças cardíacas, imunidade baixa, só para citar alguns.
• Xarope de milho com alta taxa de frutose = High fructose corn syrup - HFCS
• Xarope de milho = Karo
• Açúcar branco = Sacarose
• Açúcar invertido = glicose + frutose
• Frutose
• Agave
Os tipos de açúcar abaixo são escolhas muito mais saudáveis que os anteriores.
• Malte de cevada
• Xarope de arroz integral
• Rapadura
• Açucar mascavo
• Açúcar do coco
• Maple Syrup
Estes são aqueles que você deve ter em casa para adoçar qualquer coisa:
• Melado de cana não-sulforizado (não recebe acido sulfúrico no processo onde o mesmo é retirado da cana de açúcar) - Muito rico em cálcio, ferro, cobre, magnésio, fósforo, potássio e zinco. É também um alimento alcalino.
• Mel natural cru (não pasteurizado ou processado) - contém a pólen da abelha, própolis, antioxidantes, enzimas, algumas vitaminas e minerais, e possui também propriedades antibióticas. Não aqueça o mel cru senão ele perde todas as suas propriedades maravilhosas! Então, se for fazer um bolo ou algo que vá ao fogo/forno, prefira usar o melado.
• Estévia natural - esta planta é um adoçante natural, com praticamente zero caloria e carboidrato (índice glicêmico 0). Mas seja cuidadoso quando for comprar a estévia para não escolher marcas que sejam altamente processadas, pois muitas vezes a estevia é misturada com outros adoçantes artificiais. A estévia natural confiável é aquele pozinho verde que se encontra de vez em quando nas lojas de produtos naturais.
Mas não esqueçam que qualquer forma de açúcar concentrado (todas acima) devem ser consumidas com moderação. Isso quer dizer que, não podemos comer uma torta inteira só porque ela foi feita com melado.

. Mel é conhecido por suas propriedades medicinais há milhares de anos pela medicina ayurvédica, mas agora existem vários estudos científicos que demonstram as maravilhosas propriedades desse doce remédio. Mel natural (cru), não pasteurizado e não filtrado, tem muitas propriedades que podem ajudar nosso organismo a se livrar de muitos males. Mel em sua forma bruta contém enzimas e outros ingredientes ativos que ajudam no processo de cura. Estudos clínicos demonstram que o mel mata sete espécies de bactérias que mais produzem infecções em feridas.
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